Normalmente existem duas maneiras de aprender: vivenciando e aprendendo com os próprios erros, e outra, relativamente, mais inteligente, que é a observação e reflexão sobre os erros dos outros. Entretanto, embora pareça óbvia, a 2ª opção não é tão utilizada assim.
Para se ter uma idéia, discute-se no Congresso Nacional, dentro da “velha reforma eleitoral” - permanente – a idéia de tirar o caráter direito e dever do voto, mais comumente chamado de voto obrigatório, tornando-o facultativo. Talvez a justificativa do autor da “brilhante idéia”, seja uma noção equivocada de cidadania, liberdade, democracia ou mesmo pós-modernidade, com seus “princípios” niilistas.
Existem mesmo algumas democracias onde o voto é facultativo. No entanto, eles devem andar discutindo ou rediscutindo o conceito de democracia, por definição, representativa. Nos EUA, por exemplo, considerado como um ícone da democracia, acostumou-se a eleger seus governantes com algo em torno de 20% do seu eleitorado. Recentemente, nas eleições francesas, o índice de abstenção foi de 56,5%, na Alemanha, 54,5% e na Eslováquia, 80,4%.
Isso pode ter qualquer nome, menos democracia representativa, já que o governante que saiu de uma maioria relativa dos que participaram, dão-lhe uma representatividade e legitimidade, no mínimo, questionável.
As estatísticas indicam que esses votos - os que participaram – são, principalmente de pessoas mais velhas, o que demonstra que as novas gerações, que não tiveram a oportunidade de constituir uma cultura eleitoral ou do voto, não participam, logo, não teem qualquer influência sobre o presente e muito menos sobre o seu futuro como cidadãos, em um país que está sendo pensado e constituído à sua revelia.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Você é a favor do voto obrigatório?
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