A articulação política do prefeito ACM Neto (DEM) montou uma força-tarefa para apagar o princípio de incêndio entre parte da bancada do PTN na Câmara e o Palácio Thomé de Souza. Hoje e amanhã, integrantes da cúpula da sigla entram em campo para negociar com os vereadores Geraldo Júnior, Carlos Muniz e Alan Castro, que sinalizam a possibilidade de deixar a base aliada do democrata. Nos bastidores, o trio briga por mais cargos na administração e se queixa de não deter, de fato, o controle sobre a única secretaria da cota do partido - a de Educação.
Linha de zaga
Na turma escalada para sentar à mesa com os rebeldes, que representam metade da bancada do PTN na Câmara, estarão os presidentes estadual e municipal do partido, Maurício Bacelar e o vereador Toinho Carolino, respectivamente. Ambos descartam a saída do arco de alianças de ACM Neto, posição defendida também por outro representante da sigla na Casa, Tiago Correia.
Radar ligado
A operação para evitar o rompimento político dos insatisfeitos do PTN será monitorada de perto pelo Thomé de Souza. Motivos para precauções é o que não faltam. Em meio à tramitação do projeto de lei que altera o Código Tributário de Salvador e com a oposição mostrando os dentes, a prefeitura quer sepultar de vez qualquer movimento que coloque em risco a votação da matéria.
Esqueceram de mim
As costuras dos partidos alinhados ao PT para a disputa eleitoral de 2014 mexeram com os brios do senador João Durval (PDT). Em conversas com aliados, o pedetista classificou como “ingratidão e deselegância” a antecipação de candidaturas ao Senado por caciques de legendas que apoiam o governador Jaques Wagner. Em reservado, reclama que sequer foi procurado para discutir o assunto, apesar de fazer parte da frente governista. Sobretudo porque não cogita a hipótese de encerrar a carreira política. Ou seja, pretende brigar pela reeleição.
No gatilho
Entrou na reta final o projeto de reinauguração do Teatro Gregório de Mattos, fechado desde 2009. De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Salvador, Guilherme Bellintani, já está sob análise da Procuradoria-Geral do Município o processo de licitação para montagem das novas instalações elétricas do espaço, a última barreira para a conclusão da reforma.
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| Motor batido |
Prefeito de Irecê, Luizinho Sobral (PTN) perdeu ontem uma das principais peças de sustentação de seu governo. Apenas cinco meses depois de tomar posse no cargo, a vice-prefeita, Dorinha Lélis (PMDB), anunciou a quebra da aliança com Sobral. Mulher do ex-prefeito Beto Lélis, Dorinha é apontada como fiel da balança na vitória da oposição contra o petista Zé das Virgens.
Pílulas
* Sobre a Satélite de ontem, o vereador de Madre de Deus Marden Lessa (PCdoB) negou a ida para a oposição ao prefeito Jeferson Andrade (PP), apesar de ser o mentor do pedido de CPI para investigar as ligações entre a prefeitura e uma rádio.
* A quinta-feira será movimentada em Salvador: de um lado, o ministro César Borges e trupe do PR no Boi Preto. Do outro, a ex-ministra Marina Silva na Unijorge.
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